quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conclusões de vinte e oito de abril de dois mil e onze


Entre quem Ela foi, quem almeja ser e quem é há tantas reentrâncias, tantas discórdias, momentos doces de delírios e uma realidade que traiçoeiramente rege a vida a seu modo. Ao olhar pra trás se impressiona que com tanta pouca idade já tenha toda uma vida pra contar. E que vida. De histórias loucas, de momentos tristes embalados de felicidade: tudo pra presente, por isso embalados... de uma realidade crua, mas rica em expectativas que Ela mesma foi quem traçou pra si. Nesses momentos em que o sono foge, sonhar é ilusório demais, cômico, em que a realidade é insustentável, em que em nada há beleza, em que a queda de uma gota de água expande-se como a flor da bomba atômica, ela não se move, nem respira, nem sente o que se passa. A vida é um palhaço tocando sanfona numa corda bamba, não tem sentido algum, mas todo mundo pára pra ver. E Ela que hoje, só por hoje cansou tanto de tudo, de seus momentos rotos de esperanças. E só por hoje deu-se o direito de tentar ser infeliz e nem isso. O vácuo a invade e é. Lágrimas ela deixa pra quem as tem, infelicidade para quem sabe se lamentar(isso até é uma arte: cozer, planejar, cultivar injustiças) palavras a despeito de futuro nobre, hoje,apenas por hoje, Ela deixa pra aqueles que tem fé.

ENVELHECER
Antes todos os caminhos iam.
Agora todos os caminhos vêm.
A casa é acolhedora, os livros poucos.
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.

Mario Quintana

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