segunda-feira, 25 de abril de 2011

Canção aos passos


Olha lá... lá vai a vida passando entrecortada de amor. Momentos rudes de amor, momentos de amor frouxo, solto de barra de vestido. O amor passeia por ai. Quanto á paixão, confetes: aquele punhado de fascínio breve. A paixão é uma besta mesmo. Não é moléstia não, paixão não se pega por ai. A imaginação é que prega peças, apega a piegas ilusões, projeções, ao lúdico... ao “se fosse” dos insensatos, insanos. Paixão não é isso não! É uma besteirinha que dá de repente, de mal-me-quer, de Intensidade de polaroide. E quem disse que o amor passa?! Do contrário, fica, puxa cadeira, nada tem de linear. Ele é de tic-tac de relógio: de constância assombrante. Deixa a vida, sim, essa sim, de tão involuntária passar: entrecortada de amor encantada pelo efêmero fascínio dos confetes.

Por,
Hilda de Queiroz

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